sábado, 30 de maio de 2020

CLAUDE LELOUCHE CONTA DA SUA INFÂNCIA

Com o tempo e a idade que avançam rapidamente voltam cenas, como num filme, nas palavras breves de um dos maiores cineastas em vida. Claude Lelouche escapou da Gestapo para descobrir e amar o cinema para sempre. Um assunto delicado e uma mancha na história da França.




Transcrevo matéria que acabo de ler na revista Le Point.

Claude Lelouch passará assim parte de sua infância na França ocupada, mudando de escola regularmente ou ou tomando conta de gado, num vilarejo em Haute-Savoie, perto de Grenoble. Quando encontram refúgio na cidade, sua mãe costumava escondê-lo à tarde nos cinemas, o único lugar em que ele fica quieto, dando uma gorjeta aos porteiros para eles fiquem de olho nele.

É assim que o futuro diretor assiste cinco ou seis filmes por semana ... Uma paixão que nunca o abandonará. “Para uma criança, a vida é longa, ele lembrou em sua autobiografia, O Dicionário da minha vida (edições Kero). O cinema me ofereceu uma espécie de concentrado, uma síntese deslumbrante da existência. Conhecemos as mesmas pessoas da rua, mais bem-sucedidas, mais bonitas, mais corajosas, mais inteligentes. Como eu não poderia ter preferido socializar com essas pessoas? Os reais, eu os achei desesperados. Eu cresci com esse amor pelo cinema, que sem dúvida, salvou minha vida ... ”

30 de Maio de 2020

Pra saber mais? me escreva no endereço consulta.sami@gmail.com

Claude Lelouch passera ainsi une partie de son enfance dans la France occupée, à changer régulièrement d'école ou à garder les vaches, dans un village de Haute-Savoie, du côté de Grenoble. Quand ils trouvent refuge en ville, sa mère prend l'habitude de le cacher l'après-midi dans les cinémas, le seul endroit où il reste calme, en donnant un pourboire aux ouvreuses pour qu'elles gardent l'œil sur lui.

C'est ainsi que le futur réalisateur voit cinq ou six films par semaine… Une passion qui ne le quittera plus. « Pour un enfant, la vie est longue, s'est-il souvenu dans son autobiographie, Le Dictionnaire de ma vie (éditions Kero). Le cinéma offrait à mes yeux une sorte de concentré, de synthèse éblouissante de l'existence. On y croisait les mêmes individus que dans la rue, en plus réussis, plus beaux, plus courageux, plus intelligents. Comment n'aurais-je pas préféré fréquenter ces gens-là ? Les vrais, je les trouvais désespérants. J'ai grandi avec cet amour du cinéma, sans doute m'a-t-il sauvé la vie… »

PAR MARC FOURNY
Publié le 30/05/2020 à 11:59 | Le Point.fr

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são bem vindos. Observe seu vocabulário e suas responsabilidades em não transgredir, desrespeitar ou ofender.