segunda-feira, 7 de outubro de 2019

64 ANOS DA CRISE DO CANAL DE SUEZ EM 1956


EM 1956 DORMINDO COM O INIMIGO OU A CRISE DE SUEZ EM DOIS TEMPOS





Primeiro tempo:

EM 1956 DORMINDO COM O INIMIGO OU A CRISE DE SUEZ


Entre minhas lembranças de infância e compreensões mais afetivas do que racionais, estou sempre pronto, e desde cedo, em relatar cenas da guerra no silêncio e no medo interior do escuro de casa e no escuro da minha alma infantil ainda dos meus sete anos de idade. Lembro da compra num armazém perto de casa, de papel pardo, azul escuro e suficientemente grosso para não parecer translúcido. Também lembro da compra de caixas de percevejos de cabeça dourada e de um pequeno martelo. Ao chegar em casa, minha mãe Rosa (ZL””) sobre a mesa da sala de jantar, manejava o papel pardo com se fosse traçar formas em desenhos cheios de curvas, para algum modelo de costura; mas não! O papel originalmente vendido para encadernar livros escolares, foi comprado para cobrir janelas com frestas venezianas nos poupando do risco de vazar qualquer raio de luz, muito pouco provável, mas em especial para evitar o vazamento da luz da lamparina do Shabat, invariavelmente acesa nas sextas feiras e na hora certa. A lamparina me significava a nossa proteção e agradecimento pelo dia do repouso santificado e também pela paz dos que estão se arriscando no front, sejam os atacantes ou atacados. O medo de perda ou do sofrimento de qualquer um era sentido provavelmente mencionado em preces silenciosas que minha mãe balbuciava em árabe e que eu não entendia mas que sentia e sinto intensamente até hoje. As preces eram complementadas pela expressão em tom de súplica “Yarâb”. Era comum que nos juntássemos os quatro irmãos em um canto da sala, fisicamente ao redor da nossa mãe e emocionalmente nos braços dela. Este momento de encolhimento estava entre intervalo de uma sirenes que anunciava a obrigatoriedade do Black Out e de uma segunda sirene, anunciando o relaxamento dos ataques. Durante este intervalo em silêncio e concentrações, em contraponto com este silêncio em obediência, estava o som dos aviões israelenses sobrevoando a cidade do Cairo e o lançamento de bombas em alvos que desconhecidos. Assim mesmo mantenho em mente imagens da família reunida e amedrontada, com o luar da luz da lamparina brilhando suavemente nas paredes de casa e também iluminando o papel pardo, do lado de dentro sobre a janela, como se esta luz fosse um escudo protetor dos céus, perante nosso sofrimento e perante da nossa fé sempre radiante em tempos de guerra, doença ou paz.
E somos hoje e sempre todos abençoados desde então e continuamente nômades.

Cito este texto do interior do meu ser que me acompanha e que me faz o que sou.

Sami Douek em 24 de Junho de 2020



En français

EN 1956 DORMIR AVEC L'ENNEMI OU LA CRISE DE SUEZ

Entre mes souvenirs d'enfance et des compréhensions plus affectives que rationnelles, je suis toujours prêt, et dès mon plus jeune âge, à rapporter des scènes de guerre dans le silence et la peur intérieure de l'obscurité de la maison et de l'obscurité de mon âme d'enfant même quand j'avais sept ans . Je me souviens l'avoir acheté dans un entrepôt près de chez moi, de papier brun, bleu foncé et suffisamment épais pour ne pas avoir l'air translucide. Je me souviens aussi d'avoir acheté des boîtes de punaises à tête dorée et un petit marteau. En arrivant à la maison, ma mère Rosa (ZL ””) sur la table de la salle à manger, a manipulé le papier brun comme si elle allait tracer des formes dans des motifs courbes pour un modèle de couture; mais non! Le papier initialement vendu pour relier les manuels scolaires, a été acheté pour couvrir les fenêtres avec des volets à fentes, ce qui nous évite le risque de fuite de tout rayon de lumière, très peu probable, mais en particulier pour éviter la fuite de la lampe de Shabbat, invariablement allumée le vendredi. foires et à l'heure. La lampe a signifié pour moi notre protection et nos remerciements pour le jour de repos sanctifié et aussi pour la paix de ceux qui se risquent au front, qu'ils soient attaquants ou attaqués. La peur de la perte ou de la souffrance de quiconque était probablement ressentie dans les prières silencieuses que ma mère babillait en arabe et que je ne comprenais pas mais que je ressentais et ressentais encore intensément aujourd'hui. Les prières ont été complétées par l'expression suppliante «Yarâb». Il était courant pour nous de rejoindre les quatre frères dans un coin de la pièce, physiquement autour de notre mère et émotionnellement dans ses bras. Ce moment de rétrécissement se situait entre un intervalle entre une sirène annonçant le Black Out obligatoire et une seconde sirène, annonçant le relâchement des attaques. Pendant cet intervalle de silence et de concentration, contrairement à ce silence d'obéissance, il y a eu le bruit des avions israéliens survolant Le Caire et le lancement de bombes sur des cibles inconnues. Malgré cela, je garde à l'esprit des images de la famille rassemblée et effrayée, avec le clair de lune de la lumière de la lampe qui brille doucement sur les murs de la maison et qui illumine également le papier brun, à l'intérieur de la fenêtre, comme si cette lumière était un bouclier protecteur du ciel. face à nos souffrances et à notre foi, toujours rayonnantes en temps de guerre, de maladie ou de paix.

Et nous sommes aujourd'hui et toujours tous bénis depuis lors et continuellement nomades.



Je cite ce texte de l'intérieur de mon être qui m'accompagne et qui fait de moi ce que je suis.

Sami Douek le 24 juin 2020
Pronunciamento do Chefe de Estado 
Gamal Abdel Nasser em 1956




Em segundo tempo, o anúncio, trailer, do cineasta Amir Ramsès
sobre os Judeus do Egito. 

Aguardem uma nova postagem e imagens sobre o mesmo tema.





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